Os 7 erros mais comuns no gerenciamento de projetos em departamentos de TI

Os 7 erros mais comuns no gerenciamento de projetos em departamentos de TI

Escrito por Roberto Gil Espinha

14 Feb 2012

4 min de leitura

Segundo o Standish Group, apenas 29% dos projetos de TI são concluídos com êxito. Consultores de gerenciamento de projetos e fornecedores de software afirmam que os erros estão no mau planejamento, comunicação deficiente ou na má alocação de recursos.

Vamos falar um pouco sobre os 7 erros mais comuns que ocorrem nos departamentos de TI das empresas:

1. Falta de recursos com as competências adequadas

Não ter as pessoas certas para determinado projeto pode comprometê-lo. “A chave para um projeto de sucesso é colocar as pessoas certas com as habilidades certas”, diz Joel Koppelman. Ele cita também: “Todo o planejamento do mundo não vai superar uma insuficiência de talento”.

2. Falta de gerente de projeto experiente

Sem um gerente de projeto experiente, os projetos podem crescer rapidamente e sair do controle da equipe. É necessário ter especialistas com experiência e bagagem nesse meio.  Matthew Strazza, vice-presidente de serviços (América do Norte) para a C.A., diz que bons gerentes de projeto devem ter fortes habilidades sociais. Eles precisam saber como facilitar reuniões, gerenciar riscos e lidar com uma variedade de diferentes partes interessadas, as pessoas de negócios que estão olhando para a funcionalidade, as pessoas de TI que se preocupam com segurança, e as pessoas do financeiro que estão preocupados com o orçamento.

3. Falta de metodologia nos processos

A falta de metodologia aumenta o risco, das tarefas relacionadas ao projeto, geram retrabalho e comprometem o prazo de entrega. Douglas Clark, CEO da Métier, fornecedora de projetos para gestão de portfólio de soluções, recomenda a criação de metodologias para definir o escopo, programação, alocação de recursos e comunicação com as partes interessadas.

4. Atualização sobre o status do projeto

Você não consegue gerenciar o que não consegue medir, como diria Peter Drucker. Procure repassar o status das atividades e do projeto em geral para a equipe frequentemente. A visão macro do andamento precisa estar clara para ambas as partes, tanto aos líderes, quanto aos recursos.

5. Não ter tempo para definir o escopo de um projeto

Se o escopo não é bem definido pela equipe de planejamento, o projeto pode levar o dobro do tempo orçado ou estimado. As etapas, áreas e definições são primordiais para o acompanhamento periódico do status, facilitando a visão macro de todos os participantes.

6. Horários bem definidos

Os membros devem sempre estar cientes do tempo de cumprimento de cada atividade. Clark diz que uma forma rápida de chegar a um cronograma para um projeto é determinar todas as atividades envolvidas já no inicio do projeto (por exemplo, escopo, os, testes e aplicação) e, em seguida, anexar as datas de vencimento a essas atividades com base no prazo de entrega ou finalização.

7. Falta de comunicação com os líderes e clientes

O escopo de um projeto ou uma lista de requisitos é entregue pelas equipes de planejamento em planilhas com milhares de linhas descrevendo o sistema e as funcionalidades. Muitos líderes não reservam o tempo certo para avaliar esses documentos e acabam deixando passar pontos importantes que o cliente demandou. É imprescindível a comunicação entre equipe e líder para não frustrar o cliente no momento em que receber a entrega final. “Se você tem um diálogo aberto sobre o que é necessário, o que você realmente está entregando, e você tem fluidez incorporada ao processo, o orçamento e o alcance tornam-se um diálogo simples no final das contas”, diz Fumiko Kondo, da Intellink Solutions.

Quais destes erros acontecem na sua empresa? Identifique e trabalhe para resolvê-los e o rendimento de seu time terá uma evolução considerável em todos os aspectos. Vamos lá?

Roberto Gil Espinha
Com mais de 20 anos de experiência em projetos com especial ênfase em Finanças e TI, vários destes como executivo da Datasul, atual Totvs. Atualmente é sócio Diretor da Euax, e lidera a equipe que desenvolve e comercializa o Artia, uma ferramenta inovadora voltada para a Gestão de Projetos. Também atua como consultor em empresas na estruturação de seus processos e metodologias de gestão de projetos, infra de TI e na adoção de boas práticas de engenharia de software. Bacharel em Administração de Empresas, com especializaçõe em Gestão Empresarial pela FGV-RJ e em Engenharia de Software pela PUC-PR. Certificado PMP e PMI-ACP pelo PMI, ITIL Foundation pelo EXIM e CSM, CSP pela Scrum Alliance.
Comentários (2)
  • Os riscos devem ser levantados para que a empresa consiga definir estratégias de mitigação de problemas antecipadamente, já fui usuário da Artia, é uma ótima ferramenta e fácil de usar e gerenciar.

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