Como fazer as análises quantitativas de riscos do Projeto

Como fazer as análises quantitativas de riscos do Projeto

Escrito por Roberto Gil Espinha

23 jan 2015

3 min de leitura

Riscos fazem parte de um projeto, pois quando lançamos um novo produto ou serviço no mercado, trabalhamos muito mais com as variáveis externas do que as internas – que são mais facilmente controladas. No entanto, qualquer iniciativa nova pode ser facilmente monitorada e avaliada, reduzindo significativamente a possibilidade de fracasso. Para isso, é fundamental realizarmos análises quantitativas e qualitativas de riscos.

Afinal, quais são os possíveis obstáculos que a empresa enfrentará durante a execução das atividades? Quais são as ameaças dos players do segmento de mercado escolhido que podem minar o projeto? Essas são apenas algumas das incertezas que vem à mente dos gestores já no planejamento do gerenciamento de riscos, e que devem ser compreendidas e respondidas antes mesmo dos recursos serem aplicados.

A grande questão é que, embora estejamos tratando de cenários hipotéticos e de probabilidades, é fundamental trabalharmos com estimativas seguras para dar qualquer passo adiante. Pois quanto mais precisas forem as informações, melhor será a qualidade da tomada de decisão. Por esse motivo, resolvemos trazer nesse post as 4 principais dicas para que você realize análises quantitativas de riscos no seu projeto. Vamos conferir?

Árvore de decisão: o primeiro passo

Antes mesmo de mensurarmos em números cada um dos possíveis riscos em um projeto, é preciso identificá-los, certo? É justamente através da análise qualitativa que conseguimos essas informações. Com ela, pode-se pontuar a probabilidade de ocorrência e o impacto de um risco. Primeiro, é fundamental realizar um organograma (chamado de árvore de decisão) pontuando cada um dos possíveis riscos e, com bases nas experiências anteriores da empresa e do mercado, estabelecer seus impactos, caso ocorram.

Um exemplo prático pode ser a possibilidade de ter que pagar horas extras para entregar o projeto a tempo. Esses riscos devem ser hierarquizados de acordo com o seu nível de atenção, já que o empreendedor precisará alocar recursos para reduzir a probabilidade de incidência ou, ainda, para controlá-los caso ocorram.

Valor Monetário Esperado: um cálculo básico

Diferente da primeira etapa, a reserva de contingência não irá trabalhar em cima de percentuais, mas, sim será associada a todo aparato racional de riscos. Para fazer essa associação devemos descobrir o Valor Monetário Esperado (VME). A fórmula é simples: VME = Probabilidade X Impacto Financeiro. Desta forma, se o projeto almejado possui um risco com 30% de chances de ocorrer, mas que geraria um custo adicional ao projeto de 100 mil reais, então teríamos que separar a VME de 30 mil reais, que seria o equivalente a probabilidade de riscos do montante total do seu impacto.

Reserva de Contingência: a nossa soma

Finalmente, podemos descobrir quanto cada um dos riscos, somados, significam para o projeto. Esse é o objetivo da Reserva de Contingência. Basicamente, devemos somar todos os nossos VMEs considerados como prioritários para o empreendedor – ou seja, normalmente os mais preocupantes – e descobrir o total. Dessa forma, o empreendedor terá uma noção exata de como deverá aplicar os seus recursos e, principalmente, se o projeto pode ser viável ou não.

Ficou com alguma dúvida? Pronto para realizar análises quantitativas de forma ainda mais precisa? Fique por dentro de mais novidades em nosso blog!

Roberto Gil Espinha
Com mais de 20 anos de experiência em projetos com especial ênfase em Finanças e TI, vários destes como executivo da Datasul, atual Totvs. Atualmente é sócio Diretor da Euax, e lidera a equipe que desenvolve e comercializa o Artia, uma ferramenta inovadora voltada para a Gestão de Projetos. Também atua como consultor em empresas na estruturação de seus processos e metodologias de gestão de projetos, infra de TI e na adoção de boas práticas de engenharia de software. Bacharel em Administração de Empresas, com especializaçõe em Gestão Empresarial pela FGV-RJ e em Engenharia de Software pela PUC-PR. Certificado PMP e PMI-ACP pelo PMI, ITIL Foundation pelo EXIM e CSM, CSP pela Scrum Alliance.
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