BPM: o que é e porque vale à pena aplicá-lo na sua empresa

Escrito por Roberto Gil Espinha

26 Mar 2014

4 min de leitura

A gestão de um negócio é um dos principais ativos de uma empresa e um dos mais difíceis de se medir. Ela é vista como fundamental mas ainda assim muitos empresários não sabem quantificar se sua empresa é bem dirigida ou não.
A razão disso é, na maioria das vezes, falta de método. Como não se tem um controle sobre os processos da empresa, principalmente entre as pequenas e médias, perde-se muita eficiência e dinheiro com tarefas mal executadas. O gestor, sem as informações, acaba confiando em relatórios mal feitos e em resultados que não dizem se o caminho é aquele ou não.
Porém, com o aumento da penetração da tecnologia na gestão dos negócios, essa realidade tem sem alterado rapidamente. E é neste cenário que criou-se o BPM. Sigla em inglês para Business Process Management – gerenciamento de processos de negócios – o BPM é um conceito que une gestão com tecnologia focados na otimização dos resultados pela melhoria dos processos.

BPM e a TI

O crescimento do BPM está diretamente ligado ao crescimento do uso de ferramentas que ajudem na gestão dos negócios. Na verdade, ele é uma maneira de gerir um negócio utilizando softwares que permitam uma visão de todos os processos.
Esses dados são utilizados, basicamente, em duas situações: nos processos operacionais que cuidam do dia a dia da empresa e nas decisões estratégicas, cumprindo o trabalho de apontar gargalos na produção. Ao incluir o BPM, o gestor permite que todo o seu time tenha acesso a informações de maneira mais ágil e apurada, evitando que decisões importantes sejam tomadas apenas por intuição. Essas informações provém de softwares ligados a toda a cadeia produtiva da empresa, dos fornecedores de matéria-prima à logística.

BPM e a gestão do negócio

O BPM utiliza as melhores práticas de gestão na sua metodologia, como mapeamento dos processos, modelagem, maturidade, automação, entre outros. Isso tudo focado em aumentar a rentabilidade, criar vantagens competitivas e reduzir custos.
Contudo, o gestor precisa ter consciência de alguns pontos fundamentais do BPM antes de aplicá-lo na sua empresa: é pregado nesse conceito que os processos precisam ser melhorados aos poucos, medindo sempre a evolução dos mesmos. Dessa forma, aplicar o BPM não é rápido e depende do comprometimento de todos dentro da empresa – principalmente o alto escalão.
Também não se deve confundir BPM com uma ferramenta ou software. Ele é uma metodologia que utiliza softwares para ser mais eficiente, ou seja, busca melhorar os processo da empresa com a ajuda da tecnologia.

O papel das pessoas

Uma grande vantagem do BPM é ser desenhado para pessoas. Isso faz com que muitas ferramentas utilizadas por ele sejam fáceis de serem operadas pelos colaboradores de uma empresa. Se considerarmos que o sucesso de um BPM depende da maneira como as informações são inseridas nele, podemos dizer que o papel humano dentro da metodologia é tão importante quanto a tecnologia utilizada.
Da modelagem à otimização, o BPM busca a automação dos processos de uma empresa de acordo com a busca por eficiência. Ou seja, após uma série de testes e melhorias, quando o processo estiver de acordo com o esperado, utiliza-se a ferramente para que ele seja automatizado. Encontrar o ponto onde o BPM cumpriu sua função exige um olhar clínico por parte dos gestores, baseado em relatórios oferecidos pelo próprio BPM. Ao fim, você terá em mãos não apenas uma empresa eficiente, mas uma gestão sob controle.

Alguma dúvida sobre BPM? Aproveite os comentários para deixar sua opinião!

Roberto Gil Espinha
Com mais de 20 anos de experiência em projetos com especial ênfase em Finanças e TI, vários destes como executivo da Datasul, atual Totvs. Atualmente é sócio Diretor da Euax, e lidera a equipe que desenvolve e comercializa o Artia, uma ferramenta inovadora voltada para a Gestão de Projetos. Também atua como consultor em empresas na estruturação de seus processos e metodologias de gestão de projetos, infra de TI e na adoção de boas práticas de engenharia de software. Bacharel em Administração de Empresas, com especializaçõe em Gestão Empresarial pela FGV-RJ e em Engenharia de Software pela PUC-PR. Certificado PMP e PMI-ACP pelo PMI, ITIL Foundation pelo EXIM e CSM, CSP pela Scrum Alliance.
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