Como realizar análise de riscos em projetos?

Como realizar análise de riscos em projetos?

Escrito por Roberto Gil Espinha

27 fev 2015

4 min de leitura

Desenvolver qualquer projeto pode envolver riscos em maior ou menor grau. Antes de iniciar as atividades, é importante criar mecanismos para realizar o mapeamento desses riscos, fazendo análises de como eles podem impactar o negócio. Os riscos podem ser de diversas naturezas: econômico/financeiro, ocupacional, jurídico, de mercado/imagem entre outras.

Quer saber como realizar análise de riscos em projetos? Confira nosso post na íntegra:

Faça uma Matriz de Risco

É interessante que os gestores das áreas envolvidas no projeto se reúnam para montar uma Matriz de Risco. Cada setor deve listar os possíveis riscos que o projeto pode gerar para a sua área específica e para a empresa como um todo.

Para cada risco listado, é importante identificar a qual natureza pertence e se o risco é baixo, moderado ou alto. Recomenda-se que cada risco na matriz tenha pelo menos um Procedimento Operacional Padrão (POP) relacionado a ele.

Os riscos moderados, além de ter POP relacionado, deve apresentar também um Plano Preventivo, que são as ações que devem ser desenvolvidas para evitar esse risco. Para os riscos considerados altos, além de POP e do Plano Preventivo, também deve ser apresentado um Plano de Contingência, que vai listar as ações emergenciais, caso o risco se transforme em realidade.

Na prática

Mas como montar a matriz na prática? Se o projeto envolve a rápida criação de uma nova unidade empresarial, é importante analisar alguns riscos. Se a construção for em uma área que vai impactar fortemente uma comunidade local em virtude de uma desapropriação, esse risco pode envolver a natureza jurídica e de mercado/imagem, por exemplo.

Se o risco de conflito com essa comunidade for considerado alto, é preciso ter: um POP descrevendo tudo que envolve as atividades relacionadas à articulação com comunidades e impacto dos negócios; um Plano Preventivo descrevendo as ações feitas para evitar que esse processo de desapropriação seja conflitante e um Plano de Contingência com as possíveis providências caso esse conflito ocorra e assuma grandes dimensões.

A Matriz de Risco deve ser um documento bem visual que fique, de preferência, no quadro de Gestão à vista das empresas. Os quadrantes de risco baixo podem ser coloridos de verde, os de riscos moderados de amarelo e os altos riscos de vermelho. Podem ser criados ícones relacionados à natureza, para facilitar a rápida visualização e compreensão de todos. Um risco de natureza financeira, por exemplo, pode ter como símbolo um “$”, os de mercado/imagem podem ser identificados com o ícone de uma televisão e os de natureza jurídica podem ser relacionados à figura de uma balança. Esses são alguns artifícios para tornar a Matriz de Risco mais didática.

Mobilize toda a equipe e crie cronogramas de atividades

Fazer gestão de risco pode evitar grandes prejuízo na empresa, mas não deve se restringir à construção da Matriz de Risco. Os riscos identificados devem mobilizar toda a equipe a adotar as ações preventivas para evitá-los. Essas ações devem ser registradas em cronograma e cobradas de forma efetiva das equipes. Ainda usando o exemplo citado acima, se a empresa sabe que a construção de uma nova unidade vai motivar uma desapropriação, é importante começar a articular o diálogo com essa comunidade antes mesmo de a obra começar. Reúna a associação de bairro, líderes religiosos do local, representantes da prefeitura, moradores e da empresa e comece a pensar em soluções que vão impactar menos a comunidade, sem impedir a concretização do empreendimento.

E você, como faz análise de riscos dos seus projetos? Siga nossas dicas e mantenha a sua equipe mais bem preparada e capaz de alcançar os objetivos da empresa!

Roberto Gil Espinha
Com mais de 20 anos de experiência em projetos com especial ênfase em Finanças e TI, vários destes como executivo da Datasul, atual Totvs. Atualmente é sócio Diretor da Euax, e lidera a equipe que desenvolve e comercializa o Artia, uma ferramenta inovadora voltada para a Gestão de Projetos. Também atua como consultor em empresas na estruturação de seus processos e metodologias de gestão de projetos, infra de TI e na adoção de boas práticas de engenharia de software. Bacharel em Administração de Empresas, com especializaçõe em Gestão Empresarial pela FGV-RJ e em Engenharia de Software pela PUC-PR. Certificado PMP e PMI-ACP pelo PMI, ITIL Foundation pelo EXIM e CSM, CSP pela Scrum Alliance.
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