Entenda o que é (e o que não é) método cascata + 3 dicas de como fazer na prática

Escrito por Roberto Gil Espinha

04 Jul 2022

6 min de leitura

O método cascata é um modelo de gestão bastante popular no mundo de gerenciamento de projetos. Infelizmente, é difícil encontrar bons conteúdos sobre o assunto porque existe muita confusão entre os conceitos. Por exemplo, você sabia que o método cascata nem sequer é um método?

Neste texto você vai aprender de verdade tudo sobre o modelo cascata e como aplicá-lo na prática. Mas, já que o método cascata não é um método, o que ele é então?

O que é método cascata?

O método cascata é, na verdade, uma metodologia de gestão de projetos. Essa metodologia tem esse nome porque divide o projeto em etapas sequenciais, em que uma só começa após a outra, como você pode verificar na ilustração abaixo:

método cascata

Nesse momento do texto, existem dois tipos de pessoas:

  1. Aquelas que já compreendam a confusão;
  2. Aquelas que nem sabiam que tinha diferença entre método e metodologia.

Se você faz parte do segundo grupo, entenda diferença de método e metodologia:

Diferença de método e metodologia

Nós temos um texto sobre a diferença de método e metodologia, vale a pena a leitura! Mas, para resumir em uma frase: o método é utilizado para a execução de atividades, enquanto a metodologia se refere a forma de gestão. Ainda não entendeu? Veja com mais detalhes:

O que é método?

Um método é uma técnica de execução. Ou seja: uma forma de realizar um processo. Você utiliza vários métodos durante sua rotina, seja no trabalho ou fora dele. Nós já falamos de vários métodos aqui no blog, alguns exemplos são o método kanban, o método do caminho crítico e o método GTD.

O que é metodologia?

Uma metodologia é uma forma de gestão. Por isso, coisas como: organização das atividades, gestão dos prazos e o cronograma do projeto são competência da metodologia, que se baseia em três coisas:

  • Processos;
  • Ferramentas;
  • Padrões.

Além disso, caso você já esteja mais familiarizado com o mundo de gerenciamento de projetos, já deve ter ouvido falar nos diferentes tipos de metodologia de projeto. São elas:

  • Preditiva;
  • Ágil;
  • Híbrida.

Cada projeto terá um tipo de metodologia ideal para ser gerenciado. Agora que você já entendeu a diferença, fica bem claro que de método, cascata não tem nada. Mas, em compensação, é uma metodologia preditiva muito poderosa. E isso, naturalmente, significa ter:

  • Planejamento mais rigoroso;
  • Separação por fases;
  • Objetivos bem definidos;
  • Prazos delimitados com antecedência.

Mas entender os conceitos é uma coisa, entender o que isso proporciona é outra, não é mesmo? Nesse caso, talvez você se pergunte: “por que usar o modelo cascata?

Por que usar o modelo cascata?

Facilita a gestão e a organização

Com o modelo cascata, uma nova etapa só começa quando a anterior acaba, por que isso é importante?

Primeiro porque se concentrar em uma tarefa de cada vez possibilita que o trabalho seja executado com o máximo de detalhe e perfeccionismo. O segundo motivo é que uma vez que uma atividade começa, você tem certeza de que as anteriores já foram concluídas.

Otimização do tempo e de recursos

O planejamento rigoroso que é necessário antes de iniciar o projeto propriamente dito ajuda a eliminar etapas desnecessárias. Isso otimiza o tempo e a alocação de recursos já que tudo é investido no que contribui para o resultado.

Poucas alterações durante a fase de execução

Existem projetos que precisam de alterações constantes, nesse caso, uma metodologia ágil é mais indicada. Mas, no modelo cascata, o ideal é não haver mudanças ao longo dele. Imagine a dor de cabeça e o prejuízo se isso acontecesse no meio de um projeto de engenharia por exemplo. Não funcionaria muito bem, não é mesmo?

Agora que você já conhece os benefícios, vamos ver como funciona o modelo cascata na prática:

Dicas para aplicar o método cascata na prática

Existe um modelo padrão para gerenciar projetos com o modelo cascata, que é:

  • Iniciação;
  • Planejamento;
  • Execução;
  • Encerramento.

Cabe lembrar que quanto mais você investir no planejamento, menos dor de cabeça você terá durante a execução. Para o seu projeto ser um sucesso, siga nossas dicas.

1. Monte um escopo detalhado no início do projeto

Montar um escopo do projeto bem completo é crucial para:

  • Evitar erros durante a execução do projeto;
  • Apresentar melhor a ideia para os stakeholders;
  • Definir responsáveis;
  • Eliminar processos desnecessários.

2. Crie um cronograma de projeto completo

Além de um escopo detalhado, o projeto também vai precisar de um cronograma de projeto bem completo. Para isso, você vai se basear no escopo e montar uma EAP (estrutura analítica do projeto). Atenção: sem um cronograma, o projeto vai ser muito mais caro e, em alguns casos, inviável. Por isso, leia nosso texto sobre o assunto e assista a este vídeo abaixo:

3. Aprove o projeto com os stakeholders

Nunca comece um projeto com metodologia preditiva sem antes aprovar todas as etapas com os stakeholders. Depois de tudo planejado, elabore uma apresentação bastante visual e argumentativa. As possíveis alterações devem ser resolvidas antes de colocar o projeto em prática. Lembre-se: não dá para trocar as velas com o barco andando.

Se você se planejar bem e aprovar as etapas antes de pôr a mão na massa, você deve encontrar grandes dificuldades durante a execução do projeto.

Com essas informações, você já está pronto para gerenciar seus projetos com o modelo cascata, mas quais deles? Como dissemos anteriormente, cada projeto exige um tipo de metodologia e fazer a escolha errada por levar todo o projeto por água abaixo antes mesmo de começar.

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Roberto Gil Espinha
Com mais de 20 anos de experiência em projetos com especial ênfase em Finanças e TI, vários destes como executivo da Datasul, atual Totvs. Atualmente é sócio Diretor da Euax, e lidera a equipe que desenvolve e comercializa o Artia, uma ferramenta inovadora voltada para a Gestão de Projetos. Também atua como consultor em empresas na estruturação de seus processos e metodologias de gestão de projetos, infra de TI e na adoção de boas práticas de engenharia de software. Bacharel em Administração de Empresas, com especializaçõe em Gestão Empresarial pela FGV-RJ e em Engenharia de Software pela PUC-PR. Certificado PMP e PMI-ACP pelo PMI, ITIL Foundation pelo EXIM e CSM, CSP pela Scrum Alliance.