Na realização de projetos, é necessário planejar com antecedência a resolução de eventuais problemas que possam surgir durante o seu andamento. Por conta disso, o gerenciamento de riscos é uma área extremamente importante.
Através dele, é possível identificar os riscos, quantificá-los e tomar decisões de maneira muito mais assertiva.
Quer saber tudo sobre o gerenciamento de riscos em projetos, seus benefícios e como aplicar no seu negócio? Então, siga a leitura!
O que é gerenciamento de riscos?
Antes de entender o que é o gerenciamento de riscos, precisamos primeiramente ter um bom conhecimento do que é um risco. O autor do livro “Gerenciamento de risco em projetos”, Guilherme Calôba, define risco como “o nome que damos à variabilidade do resultado, ou o tamanho da incerteza, seu impacto”.
Já o gerenciamento de riscos é o processo de identificar todas as probabilidades de riscos em um projeto e estabelecer planos de ação para contornar possíveis problemas. Ele também envolve identificar oportunidades que irão gerar valor para a empresa.
Segundo o Guia PMBOK, o gerenciamento dos riscos do projeto inclui os processos de condução do planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas, implementação das respostas e monitoramento dos riscos em um projeto.
Benefícios do gerenciamento de riscos
O gerenciamento de riscos promove benefícios muito importantes para uma organização. Além de ele permitir reduzir custos e atrasos dos projetos, ele também:
Papel do gerente de projetos na gestão de riscos
É função do gerente de projetos analisar os aspectos inerentes aos riscos, ameaças e deficiências, para aumentar a segurança durante as decisões em todo o ciclo de vida do projeto.
Algumas funções exercidas pelo gerente de projetos no gerenciamento de riscos são:
Ferramentas de gerenciamento de riscos
O guia PMBOK cita diversas ferramentas que podem ser utilizadas para gerenciar os riscos. A análise de listas de verificação, por exemplo, identifica os riscos baseando-se em projetos similares anteriores.
Porém, uma das ferramentas mais importantes, completas e utilizadas na gestão de riscos é a Matriz Swot.
A Matriz Swot foi criada pelo professor Albert Humphrey, de Stanford, na década de 60. Ela consiste na elaboração de uma análise que mapeia 4 categorias de atributos do seu projeto, sendo elas as seguintes:
- Forças (atributos únicos do negócio);
- Fraquezas (o que a empresa não faz bem);
- Oportunidades (O que não foi explorado ainda pelos concorrentes);
- Ameaças (O que pode prejudicar o desempenho do negócio).
Entre outras ferramentas e técnicas que também podem ser utilizadas para o gerenciamento de riscos, encontram-se: Os 5 porquês, diagrama de causa e efeito, matriz de riscos e softwares de gestão de projetos.
Como fazer gerenciamento de riscos na prática
De acordo com o PMBOK, existem sete processos que devem fazer parte do gerenciamento de riscos. São os seguintes:
1. Planejamento do gerenciamento dos riscos
O planejamento do gerenciamento de riscos consiste em planejar como o gerenciamento será executado, monitorado e controlado. Isso inclui a definição de uma metodologia e a delegação de funções e responsabilidades para os envolvidos.
Além disso, o planejamento deve conter informações relacionadas ao orçamento e previsão de tempo que será gasto.
2. Identificação dos riscos
A etapa de identificação dos riscos consiste justamente no mapeamento de todos os riscos aos qual o seu projeto está exposto. Devem ser incluídos nesse mapeamento os detalhes sobre cada um deles, como: suas causas e efeitos, as atividades afetadas, seus gatilhos, entre outros.
3. Realização da análise qualitativa dos riscos
A análise qualitativa diz respeito a uma priorização dos riscos identificados, seja devido a sua probabilidade de ocorrência ou ao impacto que podem gerar no projeto.
A classificação pode ser feita em uma escala onde a probabilidade pode ir de muito alta a quase nula, e o impacto pode ir de gravíssimo à insignificante.
É possível, ainda, cruzar essas informações em uma matriz de probabilidade e impacto, de modo a priorizar os riscos que possuem ao mesmo tempo muita probabilidade de ocorrer, e representam um grande impacto ao projeto.
4. Realização da análise quantitativa dos riscos
Nesse processo, realiza-se uma avaliação quantitativa do impacto que os riscos priorizados causarão no projeto caso venham a se tornar um problema real.
Essa avaliação deve ser expressa em números e pode ser desde um dinheiro que tem risco de ser perdido, até um atraso para a conclusão do projeto.
5. Planejamento das respostas aos riscos
Aqui, finalmente, começamos a desenvolver estratégias e planos de ação para tratar dos riscos identificados. Essa etapa pode consistir em uma prevenção de problemas, investindo na eliminação das causas e no conserto de falhas.
Além disso, também se atribui um responsável para o gerenciamento de cada risco, que ficará encarregado de contornar o problema caso esse venha a acontecer.
6. Implementação das respostas aos riscos
A implementação das respostas aos riscos nada mais é do que colocar em prática o que foi planejado para contornar os problemas. Para que isso seja feito da melhor forma possível, é importante que as etapas de planejamento tenham sido muito bem definidas.
7. Monitoramento dos riscos
Essa etapa consiste em acompanhar o projeto ao longo de sua realização, observando quando ele está sendo exposto aos riscos e identificando o momento certo de implementar a resposta planejada.
Aqui também devem ser levados em conta os novos riscos que podem estar surgindo ao longo do progresso do projeto, de modo que o gerenciamento de riscos torne-se um processo contínuo e cíclico.
O gerenciamento de riscos é essencial para o sucesso dos projetos de uma organização e, portanto, é fundamental que se obtenha o máximo de conhecimento possível sobre o tema.
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Excelente artigo! Seria possível dizer que o gerenciamento de riscos é uma das etapas mais importantes da gestão de projetos?