Modelos de gestão: entenda quais os tipos e como escolher o melhor

Você já ouviu falar em modelos de gestão? Bom, toda empresa segue algum estilo de gestão, porque as coisas precisam ser minimamente organizadas e gerenciadas para que ela funcione. Mas, você já teve a sensação de que o que é feito não contribui realmente para ter resultados melhores?

Isso é bastante comum nas organizações e a causa pode ser a escolha de um modelo inadequado de gestão!

Se você ainda não sabe quais os tipos de modelo mais utilizados e como escolher um que seja eficiente, esse texto pode te ajudar. Confira mais!

O que é um modelo de gestão?

Modelo de gestão é um conjunto de estratégias que indica a forma como serão organizadas as relações de trabalho em uma empresa. Isto é, um padrão que irá alinhar os processos, o planejamento, as cerimônias, a equipe e a liderança.

Assim, o modelo de gestão engloba todos os elementos que são fundamentais para o funcionamento eficiente da empresa, estabelecendo a melhor relação entre eles para que a organização atinja os resultados desejados.

Portanto, o objetivo é definir a forma como os recursos organizacionais serão administrados para que estes tenham o melhor desempenho possível.

Atenção! Frequentemente os modelos de gestão são confundidos com outros elementos da gestão. O gerenciamento empresarial é bastante complexo e precisa de modelos, métodos e metodologias, mas eles não são a mesma coisa.

7 principais modelos de gestão organizacional

Ter um modelo de gestão definido auxilia em diversos pontos, como:

• Ter processos mais alinhados;
• Ter transparência na comunicação;
• Realizar um planejamento de acordo com a realidade;
• Melhorar a tomada de decisão.

Porém, as estratégias utilizadas para isso podem ser bastante diferentes, dependendo do que se pretende realizar. Por isso, existem vários modelos de gestão, cada um com um foco em específico que auxiliará a atingir um objetivo diferente.

1) Gestão Autoritária (vertical)

A gestão autoritária tem como principal característica a hierarquia. Todas as ações são decididas pelo gestor, sem levar em consideração as ideias do grupo. Assim, o líder toma as decisões e as comunica à equipe, que deve executar sem questionar.

Este modelo é recomendado para momentos de crise, em que houve perda de controle e é necessária uma figura de autoridade que contorne a situação e reestabeleça a ordem.

• Vantagem: controle da decisão
• Desvantagem: equipe silenciada

2) Gestão Democrática (horizontal)

Ao contrário da anterior, esta gestão é baseada na participação e no diálogo. A opinião de cada integrante do time é ouvida e considerada na decisão final. Aqui, o gestor não age como uma autoridade máxima, mas como um líder mediador de toda a discussão, que reúne os pontos abordados e busca um consenso.

• Vantagem: ambiente participativo
• Desvantagem: tomada de decisão mais lenta

3) Gestão Meritocrática

No modelo meritocrático as relações se constroem pelo merecimento. O grau de participação e avanço de funções dependem do desempenho pessoal do colaborador. O objetivo é manter um ambiente em que a equipe esteja sempre engajada e em busca de novas habilidades.

Uma prática comum nesta gestão é a presença de metas, pois os gestores precisam definir um meio de medir o mérito e avaliar o desenvolvimento da equipe.

• Vantagem: engajamento e motivação do time
• Desvantagem: alta competitividade

4) Gestão por Cadeia de Valor

Valor se refere as percepções que os clientes têm dos produtos e serviços da organização. Portanto, uma gestão por cadeia de valor é aquela que foca em atender as necessidades do cliente e aumentar o valor das entregas.

As pesquisas de mercado são a base deste modelo, porque a empresa precisa entender quais são as necessidades, desejos e expectativas do público para, posteriormente, analisar os processos e pensar no valor agregado por cada um.

• Vantagem: entregas eficientes
• Desvantagem: possível desvio na visão organizacional

5) Gestão por Processos

A gestão por processos tem como objetivo a otimização dos processos da empresa, tanto em projetos internos quanto externos. Então, o planejamento das ações é a base deste tipo de gestão, porque os processos devem ser continuamente melhorados.

Para isso, ter análises frequentes é muito importante, a fim de replanejar os processos, reduzir custos e aumentar a produtividade.

• Vantagem: aprimoramento das execuções
• Desvantagem: baixa agilidade

6) Gestão por Resultado

Como o próprio nome indica, esta é uma gestão orientada a alcançar resultados. Para isso, os processos são planejados de acordo com os objetivos desejados, havendo metas a curto, médio e longo prazo.

O foco desta gestão é ter agilidade de respostas e conseguir melhorias rápidas para o contexto apresentado. Assim, acompanhar as mudanças de mercado e ter uma equipe capacitada e participativa são fundamentais neste modelo.

• Vantagem: rapidez de resposta
• Desvantagem: maior incidência de falhas por falta de planejamento

7) Gestão por Performance

Também orientada a atingir resultados, a gestão por performance é aquela que foca em atingir metas e mensurar a performance. O que a difere da gestão por resultados, é que aqui são mensuradas as performances de todo o setor e não apenas do objetivo.

Ou seja, os membros do time têm uma visão clara do quanto seu trabalho impacta na entrega final, tendo noção da performance individual, coletiva, estratégica e dos processos.

Assim, as características deste modelo são acordos explícitos, autonomia, cultura de performance, feedbacks e a tomada de decisões por consequências.

• Vantagem: visão sistêmica baseada em indicadores
• Desvantagem: demora certo tempo para ser implementada de modo eficiente

Quais os modelos de gestão mais utilizados atualmente?

No contexto atual, há uma tendência crescente pela utilização de metodologias mais ágeis e uma cultura organizacional de inclusão. Por isso, modelos mais complexos que englobem diversos aspectos, como o por performance, têm sido bastante utilizados.

Porém, é preciso ressaltar que os modelos de gestão não são exclusivos, ou seja, a utilização de um não impede a utilização de outros. Ao contrário, neste contexto dinâmico, em que mudanças são cotidianas, ter uma variedade de padrões pode ser muito positivo quando bem aplicados.

Assim, apesar de alguns serem vistos como mais positivos, todos tem relevância e são vistos com frequência nas organizações.

Como escolher o melhor modelo de gestão?

Apesar das diferenças serem evidentes, não existe um modelo ideal, mas momentos mais adequados para a utilização de cada um.

Os modelos de gestão tratam da relação dos elementos organizacionais, por isso, antes de realizar uma escolha, é preciso identificar quais são as prioridades da organização e quanto os gestores estão abertos a implementar estes modelos.

Escolher um tipo de gestão que não foque nos objetivos da organização ou que não esteja alinhado ao perfil do time não trará resultados efetivos, tornando a gestão ineficaz.

Portanto, o gestor deve ser capaz de identificar as necessidades do contexto e adaptar os padrões àquela realidade. Para isso, alguns fatores podem ser considerados:

• Os objetivos da organização (a curto e longo prazo);
• O perfil dos gestores;
• A cultura organizacional.

Dessa forma, independente do modelo escolhido, o importante é que gestores e equipes estejam alinhados, compreendendo as responsabilidades, limites e expectativas envolvidas no trabalho.

Por isso, juntamente com o modelo de gestão escolhido, é fundamental que o gestor saiba comunicar o time, porque de nada adianta ter um modelo definido se este não for bem aplicado.

Se você quiser saber mais sobre como gerenciar o trabalho em equipe de forma eficiente, confira nosso guia com 7 etapas indispensáveis para organizar o trabalho em equipe!